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A pioneira do nudismo no Brasil

  • Foto do escritor: Blog ViverNu
    Blog ViverNu
  • 27 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Pioneirismo. Assim pode ser considerado o surgimento do nudismo no Brasil. Se hoje o movimento naturista se expandiu pelo território brasileiro, foi graças ao pioneirismo de uma mulher chamada Luz Del Fuego (1917-1957).

Seu nome verdadeiro era Dora Vivacqua, 15ª filha do casal Antônio Vivacqua e Etelvina. Nascida em Cachoeiro do Itapemirim (ES), aos 20 anos mudou-se com a família para Belo Horizonte, onde adotou o nome artístico.

De temperamento forte, Luz Del Fuego odiava usar sutiã. Na praia, quando os biquinis ainda não eram moda, desfilava de calcinha e bustiê improvisado com lenços.

A sua vida no naturalismo começou nos anos 1950. Ela dizia: “Um nudista é uma pessoa que acredita que a indumentária não é necessária à moralidade do corpo humano. Não concebe que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisem esconder”.

Por conta das suas ideias libertárias foi presa e perseguida. Escreveu livro, fundou partido político e, em 19 de julho de 1967 os irmãos Alfredo Teixeira Dias e Mozart “Gaguinho” Dias armaram uma emboscada para Luz del Fuego.

As ações criminosas de Mozart haviam sido apontadas à polícia por Luz e ele queria se vingar. Atraiu Luz ao seu barco e a matou. Fez o mesmo com o caseiro Edgar

O crime só foi desvendado duas semanas depois, a partir do depoimento que um coveiro deu aos jornalistas Mauro Dias, do jornal O Dia, e Mauro Costa, do jornal Última Hora. Alfredo foi preso e confessou a participação nas mortes. Os corpos foram resgatados no dia primeiro de agosto.

Gaguinho escapou de forma espetacular, trocando balas com a polícia durante quinze dias. Somente depois de ter matado um cabo, foi preso e condenado a pena máxima. Cumpriu sua pena no manicômio judiciário do Rio de Janeiro.

Em 1982, a vida de Luz foi contada no filme “LUZ del Fuego”, protagonizada por Lucélia Santos.

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